Em breve, os pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) poderão ter acesso a novos tratamentos disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS).  

Esse avanço poderá ser conquistado  com a atualização dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde, que estão em processo de revisão, após oito anos sem alterações.  

Nas próximas semanas, uma Consulta Pública será aberta para ouvir toda a sociedade a respeito do tema e para que um tratamento mais em linha com as diretrizes médicas internacionais do que é hoje, comprovadamente mais eficaz para o controle da HAP, seja disponibilizado gratuitamente aos pacientes em 40 Centros de Referência espalhados pelo país.  

A maioria dos pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) tem acesso ao tratamento com um dos medicamentos disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS), apesar da combinação entre eles ser mais recomendada por especialistas. Essa modalidade envolve três medicações que, em conjunto, proporcionam uma melhora significativa nos sintomas e aumento na qualidade de vida. Embora seja mais indicada, ela não está inscrita nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde, o que dificulta o acesso da maioria dos pacientes ao tratamento ideal. 
 

Mas o que são os PCDT?

Os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas são documentos que estabelecem parâmetros de como deve ser o cuidado de uma doença no SUS. Os PCDTs também regulam tratamento, posologias, mecanismos de controle clínico, acompanhamento e verificação dos resultados a serem seguidos pelos gestores do SUS¹. 

Criado em 2014 sem ter passado por atualização até o momento, os protocolos para HAP recomendam apenas monoterapia, sendo que a diretriz médica recomendada é o que chamam de ‘terapia combinada’. Nesses oito anos, aconteceram muitas descobertas sobre o tratamento da doença e essa defasagem prejudica a saúde e bem-estar de milhares de pacientes que convivem com a doença diariamente.  

Mas é possível mudar essa realidade e dar acesso a estes pacientes aos tratamentos mais atualizados. 

Para isso, é necessário que todas as pessoas – pacientes, cuidadores, médicos, profissionais de saúde e sociedade civil – contribuam dando sua opinião e participando da Consulta Pública para atualização do PCDT da HAP. 

Participe da Consulta Pública nº 95, "Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas de Hipertensão Arterial Pulmonar" e faça sua parte até 02/01/23. Clique aqui!